
Universidades Lideram a Transição Plant-Based
Instituições acadêmicas ao redor do mundo estão liderando uma verdadeira revolução na alimentação coletiva: a transição para cardápios totalmente vegetais, também chamados de 'plant-based'. Os números são impressionantes: estas mudanças resultam em 84% menos emissões de CO₂eq (dióxido de carbono equivalente, uma medida usada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa).
O movimento Plant-Based Universities, uma iniciativa estudantil que surgiu no Reino Unido, tem documentado resultados significativos após a implementação de refeições veganas em campi universitários. Seus estudos revelam múltiplos benefícios ambientais e econômicos:
- Redução de 69% no uso de água em comparação com dietas convencionais baseadas em carnes e laticínios
- Economia de aproximadamente £500 mil por ano por instituição (cerca de R$3,6 milhões), demonstrando que sustentabilidade também pode ser economicamente vantajosa
A Universidade de Stirling, na Escócia, já deu um passo à frente e aprovou a implementação de menus completamente vegetais até 2025. Esta decisão alinha-se às metas climáticas estabelecidas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), o principal órgão internacional que avalia cientificamente as mudanças climáticas.
No Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram outro benefício significativo: dietas baseadas em vegetais podem reduzir em até 40% os marcadores inflamatórios no organismo. Inflamação crônica está associada a diversas doenças, incluindo problemas cardíacos, diabetes e alguns tipos de câncer.
Segundo a pesquisa publicada pela Vegan Business, mais de 15 mil universitários já votaram a favor de menus 100% veganos até 2025, mostrando que esta tendência é impulsionada não apenas por instituições, mas também pela demanda dos próprios estudantes.